(Cichla spp.., Família Cichlidae)
A importância deste grupo de peixes pode ser demonstrada por sua
principal credencial: eles são o principal símbolo da pesca esportiva do
Brasil para o mundo.
Os Tucunarés são peixes de escama, de corpo alongado e discretamente
comprimido lateralmente. Estão entre os peixes de maior importância para
a pesca amadora e para a alimentação no Brasil. Atualmente, existem 15
espécies cientificamente descritas, mas esse número deve aumentar à
medida que novas pesquisas forem conduzidas. São nativos da bacia
amazônica e do Tocantins-Araguaia, mas foram introduzidos em todas as
demais regiões. A princípio, o processo de introdução foi feito até por
órgãos governamentais, que acreditavam, por falta de informações, que o
tucunaré seria um bom agente de controle biológico contra outras
espécies, como tilápias e as piranhas, bem como para incrementar a
produção pesqueira nos lagos das usinas hidroelétricas. Posteriormente,
escapes de pisciculturas e introduções por parte dos próprios pescadores
contribuíram para sua difusão pelo país. Existem estudos no Brasil
indicando a possibilidade de desaparecimento de espécies nativas depois
da introdução dos tucunarés. Contudo, deve-se salientar que em alguns
locais, principalmente nos reservatórios, eles são os principais peixes
explorados comercialmente, gerando emprego e renda para milhares de
pessoas.
A coloração e o tamanho dos tucunarés variam de acordo com a espécie.
São elas:
Tucunaré - Açu (Cichla temensis): é a maior das espécies de
tucunaré, podendo chegar a mais de um metro e 12 Kg. É encontrado
exclusivamente na bacia amazônica, nos chamados rios de água preta. Tem o
corpo alongado e comprimido discretamente. A boca é grande e protrátil,
recoberta por inúmeros pequenos dentes que se parecem uma lixa. No
corpo aparecem 3 faixas escuras bem definidas verticalmente podendo
eventualmente aparecer uma quarta faixa. O macho desenvolve uma
protuberância na parte superior da cabeça e suas cores sao mais fortes
que as da fêmea, além de atingirem maior tamanho.
O recorde homologado pela IGFA é de 12,2 Kg, capturado no Rio Negro, AM em 1994.
O que come: basicamente peixes.
Quando e onde pescar: no período seco, durante o dia, nos rios de água preta da bacia do rio negro.
Status de conservação: em alguns locais, os grandes exemplares já nao existem mais, devido a grande pressão de pesca.
Dica de pesca: Os igarapés e as bocas de lagoas costumam
render os maiores exemplares de açus. Em épocas de águas muitos baixas,
procure as lagoas perenes e faça arremessos com grandes iscas de
superfície em direção ao meio do lago. É onde os grandes casais costumam
ficar. Iscas de superfície, hélices, zaras e stics são muito atraentes.
Meia água com barbelas e de fundo como jigs, e shads jigs também são
uma boa pedida quando os peixes estão "manhosos".
Cichla temensis - Tucunaré Açu
Cichla temensis - Tucunaré Paca
Ainda existem mais espécies dos tucunarés encontradas ao redor do Brasil como:
Tucunaré Amarelo (Cichla monoculus, Cichla ocellaris, Cichla kelberi, Cichla pleiozona e Cichla nigromaculata).
Popularmente também recebem o nome de popoca ou tauá, dependendo da região. A maioria é de ocorrência natural da bacia amazônica, apesar de cada uma parecer estar restrita a uma determinada região ou afluente. C. monoculus é a mais abundante e ocorre em toda calha dos rios Solimões e Amazonas e nas desembocaduras de seus principais afluentes. C. ocellaris está presente no alto do rio Branco e em alguns rios costeiros nas Guianas e Suriname. O amarelinho exclusivo do alto rio Madeira e seus formadores, Guaporé e Mamoré, é C. pleiozona. Na bacia do Tocantins - Araguaia, está presente o C. kelberi. Já o C. nigromaculata descrito no alto rio Negro e também no orinoco, na Venezuela.
Tucunaré Amarelo (Cichla monoculus, Cichla ocellaris, Cichla kelberi, Cichla pleiozona e Cichla nigromaculata).
Popularmente também recebem o nome de popoca ou tauá, dependendo da região. A maioria é de ocorrência natural da bacia amazônica, apesar de cada uma parecer estar restrita a uma determinada região ou afluente. C. monoculus é a mais abundante e ocorre em toda calha dos rios Solimões e Amazonas e nas desembocaduras de seus principais afluentes. C. ocellaris está presente no alto do rio Branco e em alguns rios costeiros nas Guianas e Suriname. O amarelinho exclusivo do alto rio Madeira e seus formadores, Guaporé e Mamoré, é C. pleiozona. Na bacia do Tocantins - Araguaia, está presente o C. kelberi. Já o C. nigromaculata descrito no alto rio Negro e também no orinoco, na Venezuela.
Cichla kelberi - Popoca
Cichla mirinae - Tucunaré - Fogo
Cichla ocellaris - Tucunaré-Amarelo
Cichla orinocensis - Tucunaré Borboleta
Cichla nigromaculata - Tucunaré taua
Cichla pinima - Tucunaré recentemente descrito
Cichla Vazzoleri - Tucunaré de Balbina/Jatapu
Cichla Pleiozona - Tucunaré Popoca
Cichla monoculus - Tucunaré Popoca
Cichla melaniae - Tucunaré do Xingu
Tucunaré Azul (Cichla piquiti): é a única espécie que não tem
ocorrência na bacia amazônica. Nativa das bacias dos rios Tocantins e
Araguaia, já foi amplamente difundida pelo Brasil, sendo encontradas nas
bacias dos rios Tietê - Paraná, Paraguai, Uruguai e São Francisco. Tem o
corpo alto e robusto. Sua coloração varia do cinza ao azulado, mas
sempre com as nadadeiras azuis. Possui cinco barras escuras transversais
no corpo e uma mancha ocelada na nadadeira caudal. O nome "piquiti" vem
do tupi-guarani e significa "listrado". Os jovens têm o corpo cheio de
pintas brancas arredondadas, distribuídas assimetricamente. Prefere
habitar pontas de grotas, pedreiras e outros locais com estruturas. Caça
em cardumes, mas não é raro avistar grandes exemplares sozinhos. Formam
casais na época da reprodução, que acontece no início das chuvas.
Coloca os ovos em galhos submersos ou no fundo do lago e fica
extremamente agressivo nessa época. Muito procurado tanto pela pesca
amadora quanto profissional e sua exploração massiva parece estar
colocando em risco os estoques existentes. Estudos recentes efetuados
pelo IBAMA no lago de Serra da Mesa, em Goiás, mostram que a situação do
estoque deste peixe ainda é boa, contudo o tamanho médio dos peixes
capturados está abaixo do esperado para a espécie, o que indica uma
retirada excessiva dos grandes exemplares.
Dicas de pesca: Represas, ilhas de pedra, prolongamentos
de pontas de terra e enseadas rasas com estruturas são os locais mais
promissores. A parceria entre os pescadores, com um deles usando isca de
superfície (para "levantar os peixes") e o outro usando iscas de
meia-água, aumentam a produtividade da pesca. Em locais mais fundos,
jigs variados são boas opções.
Cichla piquiti - Tucunaré azul